ORIENTAÇÃO BASICA PARA CRIAR CURIÓ






De forma simples e direta , as orientações básicas ajudam a criar o curió .

Curió


NOME - Curió ou Avinhado

NOME CIENTÍFICO - Oryzoborus angolensis ( O IBAMA adotou o nome científico SPOROPHILA ANGOLENSIS)

SIGNIFICADO DO NOME: Curió significa na linguagem indígena " Amigo do homem ".

ORDEM: Passeriformes

FAMÍLIA: Fringílidas ou (segundo o IBAMA) Emberezidae

NOME EM INGLÊS: Thick-billed (Lesser) Seed Finch

NOME EM ESPANHOL: Semillero Picogueso

ALIMENTAÇÃO NO HABITAT NATURAL: Alimenta-se basicamente de alguns insetos, várias sementes com exclusividade na semente do capim navalha.

COR: marrom quando novo. Depois de completar 420 dias suas penas ficam pretas com apenas uma pequena mancha branca na asa e sua barriga e peito fica na cor vinho, a fêmea é marrom com um tom mais claro no peito mesmo quando adulta.

LOCALIZAÇÃO: Todo o Brasil e alguns lugares da América do Sul. Habita as regiões litorâneas brasileiras e principalmente o litoral paulista.

TEMPO DE VIDA: 30 anos no cativeiro (se bem cuidado) e de 8 a 10 anos na vida selvagem.
TAMANHO: 14 cm

ÉPOCA DE ACASALAMENTO: ocorre no mês de setembro até o fim de março

FÊMEA - INÍCIO DO PERÍODO FÉRTIL: 6 meses a 1 ano

PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 12 dias

Nº DE OVOS: de 1 a 3 ovos por ninhada.

MUDA (TROCA DE PENAS: acontece entre março e junho (dependendo da região e do pássaro).

O nome Curió na língua tupi guarani significa "Amigo do Homem", pois este pássaro gostava de viver perto da aldeia dos índios. Esta característica de se aproximar do ser humano, a sua elegância, a enorme capacidade de disputar pelo canto quem é o dominador do território, e a enorme qualidade de seu canto, fez do curió um amigo muito estimado entre os criadores e amantes de pássaros em geral. O canto de curiós é tão apreciado que, nos concursos, essas qualidades são muito importantes.

O Curió aprende a cantar desde pequeno com o pai, porém, os "sperts" aconselham que os filhotes ouçam o canto do pai, somente se este canto for perfeito. As aves emitem sons que podem exprimir alegria, tristeza, aviso de alerta, dentre outros. Há uma grande variedade de cantos, e varia de região para região, havendo casos de pássaros que emitem até 40 assobios diferentes.

No Brasil já foram encontrados mais de 128 cantos diferentes e, os mais conhecidos são: Praia Grande , Paracambi, Uberaba, Vi te teu, Mateiro (que é o natural do pássaro). Quanto a repetição pode ser curto (de 1 a 4) ou longo (mais de 5). O canto mais difundido por todo o Brasil é o chamado Praia Grande. Esse canto é originário das praias paulistas e, atualmente, está extinto na natureza, ou seja, os pássaros selvagens não mais o emitem. Por isso, a preocupação dos criadores de todo Brasil é que seja mantido, em cativeiro, esse tipo de canto.
No Sul, temos o canto Florianópolis ou Catarina.
O curió além de excelente cantor é um imitador nato, por isso, não é aconselhável criá-lo com outras espécies de pássaros, porque ele aprenderá facilmente o canto delas, perdendo assim a pureza de suas notas musicais características. O melhor tempo para o curió aprender a cantar é quando novo , ainda com 3 meses. Colocando o pássaro para escutar o canto de fita, CD ou de um mestre (pássaro do plantel que tem o melhor canto), mas também pode aprender depois de velho se ele for cabeça mole (nome dado pelos criadores, um curió que ao escutar um canto diferente do seu , troca de canto). Você pode encontrar gravações (CD) de canto de curió, especiais para o treinamento de filhotes e aperfeiçoamento do canto de curiós adultos. Para conseguir informações de como obter esses discos consulte as Associações de Criadores.

REPRODUÇÃO

Na natureza o curió defende com muita garra seus domínios. Se alguma outra ave se aproxima do ninho, ele a repelirá até com certa violência. Em cativeiro não será difícil procriar a espécie, desde que seja reconstituído o seu habitat natural. para isso, você deve criá-lo em gaiolões ou viveiros. Nos viveiros devem ser plantadas pequenas árvores como pinheirinho. Nos gaiolões, devido ao espaço menor, coloque alguns ramos de bucho (tipo de vegetação) para a fêmea usá-los na construção do ninho. Este ninho pode ser encontrado em qualquer loja especializada e colocado na gaiola. O importante é colocar as gaiolas em local arejado, que não seja escuro, não sofra correntes de ar e nem excesso de calor ou frio e, se possível, receba os raios solares da manhã.

O reprodutor deve gozar de total saúde, e a fêmea também deve estar com boa saúde e deve estar pronta para a procriação. Não se deve cruzar pássaros consangüíneos para não ocorrer degeneração. A fêmea deve ter de 1 a 4 anos de idade, que é seu período de postura, embora algumas continuam com a postura mais tempo. Depois do nascimento do filhote é aconselhável deixar por perto o macho para ensinar o filhote a cantar.

Para que o acasalamento aconteça, coloquem o macho e a fêmea inicialmente em gaiolas separadas, mas próximas uma da outra. Após cinco dias desse "namoro" à distância, junte as duas gaiolas.Nesta fase, principalmente pela manhã, coloca-se a palha e deixa-se o macho "rachar" para a fêmea, sem contudo tirar a divisória entre as gaiolas. Uma boa técnica é despertar a curiosidade de ambos, abrindo a divisória lenta e gradualmente, sem retirá-la completamente e de uma só vez.
Seguro de que a fêmea pedirá "gala" e, após 10 a 25 minutos de observação, será feita a retirada literal da divisória, considerando que os dois passadores já estarão abertos.
Ocorrendo a "cobertura", deve-se repetir os mesmos procedimentos no dia seguinte.
É nesse tempo que a fêmea vai preparar o ninho. A fêmea normalmente põe dois a três ovos, que são chocados em torno de 12 dias. Quando os filhotes nascem, levarão cerca de 10 a 14 dias para saírem do ninho. É nesse período que os filhotes começam a exercitar as asas e as pernas, por isto, deve-se colocar o ninho em lugar baixo para evitar que os filhotes morram por uma eventual queda. Com 20 a 25 dia os filhotes começam a gorjear (cantar).

Quando eles estiverem com 30 dias mais ou menos, já se alimentam sozinhos , devem ser retirados da companhia da mãe. Não deve ficar na gaiola do pai -isso é muito importante porque o macho, inexplicavelmente, poderá feri-los se ouvir cantos de outros pássaros. Por isso, coloque os filhotinhos em gaiolões para voarem e se desenvolverem.

O curió é conhecido pela higiene e limpeza do ninho. Isso é tão marcante na espécie que alguns criadores não colocam mais a coleira de identificação na perna dos filhotes enquanto estão no ninho, porque a mãe curió vai retirá-las podendo até ferir os filhotes nessa tentativa. Ela não aceita nenhum objeto estranho ou sujeira no ninho.

A troca de pena e bico é feita no período de abril a junho (podendo variar de um pássaro para outro e de regiões), neste período há uma queda da resistência e o curió está sujeito a pegar febre e outras doenças. Convém cobrir a gaiola para evitar o vento e, dar boa alimentação e deixar a gaiola bem limpa. Neste período o curió provavelmente deixará de cantar.



ALIMENTAÇÃO

O curió principalmente seus filhotes se alimentam de Tenébrio molitor que devem ser criados em casa. Quando a criação de tenébrios estiver pronta, separa-se algumas, e de coloca em um pratinho com leite em pó. Elas vão se alimentar com o leite e quando consumidas pelo filhotes, se tornarão um alimento duplamente rico em proteínas.

Outros alimentos são os gafanhotos, cupins, pão molhado em água e milho verde, além das misturas para pássaros, alpiste e painço, ovo (clara e gema) cozido.

A alimentação dos filhotes deve ser deixado por conta das mães. Não deve colocar o alimento diretamente no ninho dos filhotes mas sim deixar que os pais façam isso. Nesse momento é importante observar os cuidados que eles dispensam aos curiózinhos. Deixar a disposição da mãe os alimentos de matrizes e adicionar 8 Tenebrios molitores para cada filhote por dia.

Tomar cuidado na compra frutas e verduras, tendo certeza de que não foi passado inseticida na plantação e se estão estragadas. As verduras (almeirão, chicória, espinafre, catalonia) e legumes (milho, abobrinha, jiló) poderão ser dados ocasionalmente durante todas as fases da criação. O grande cuidado a se tomar são com as verduras, pois deverão ser bem lavadas e colocadas pôr 30 minuto em uma solução de água (98%) e vinagre (2%). Evite alface e salsa.
O uso de ração extrusada , por conter todos os ingredientes necessários à boa alimentação, tem sido recomendada por especialistas.
VITAMINAS

As vitaminas são muito importante para os pássaros, mas ela precisa ser complementada com proteínas e sais minerais.

Vitamina "A": Auxilia no crescimento e é indispensável para o organismo defendendo escorbuto e protegendo a epiderme, é encontrada no pepino, na gema de ovo e na cenoura
Vitamina "B": (B1, B2, B6 e B12) ajuda no desenvolvimento dos filhotes e fortalece os nervos, é encontrada no pão, couve, cenouras e gema de ovo.
Vitamina "C": Dá boa condição ao sangue e é preventivo contra moléstia da pele, é encontrada no tomate, laranja e limão.
Vitamina "D": A falta desta vitamina causa raquitismo, é encontrada nos raios solares, na gema de ovo e no leite (apenas em tratamento).
Vitamina "E": Proporciona vigor mental e também estimula e fertiliza os pássaros, é encontrada no germe do trigo, amendoim, agrião e flocos de aveia.
Amido, açucares e gorduras: importante para os pássaros, proporciona energia e bom sono, é encontrada na farinha e na gema de ovo.
Proteínas: necessária para o crescimento e para manter bem os ossos, a pele e o sangue. Ajuda para evitar doenças, é encontrada no leite, ovos, pão, cereais, carne (Tenébrio Molitor)
Cálcio: Para formar os ossos, coagular o sangue, regular a pulsação, contrair e relaxar os músculos, é encontrado no almeirão, na casca de ovo e no osso de Siba.
Ferro: Para produzir sangue e outras células, é encontrado na carne (Tenébrio Molitor), no almeirão e agrião.
Iodo: Importante durante a adolescência e o período de postura, é encontrado no agrião e couve.
Fósforo: Ajuda as funções do cérebro e do sistema nervoso, é encontrado na carne (Tenébrio Molitor), ovos e trigo.



DOENÇAS

Como todas as aves o curió esta sujeito a doenças, conheça as mais comuns nessa ave:

Canibalismo: É o vício dos pássaros bicarem uns aos outros, comer pena, causando ferimentos, que às vezes leva até a morte.

Coccidiose: É uma doenças parasitárias causadas por protozoários da ordem Coccidia.

Diarréia: Uma doença comum nos pássaros em que o mesmo evacua freqüentemente (liquido abundante).

Gripe Coriza ou Resfriado: Os pássaros são atacados nas vias respiratórias perdendo o apetite, dormindo constantemente e parando de cantar.

Sarna: Esta doença é causada por um parasita que deixa as pernas dos pássaros mais grossas e infeccionadas.

Verminose: É causada pela má higiêne na gaiola, seus sintomas são: diarréia, fraqueza, tristeza.

A LEI E O IBAMA:

O curió é um animal protegido por lei, seu comércio é ilegal mas sua criação não é. Esta ave tem sido aniquilada e está desaparecendo da natureza em conseqüência dos desmatamentos desenfreados, a poluição de rios e lagoas, e a ação de agrotoxicos presentes nas plantações. Veja o que diz o IBAMA sobre a criação de animais da fauna brasileira em cativeiro para fins comerciais ou econômicos, previstos na Portaria IBAMA Nº 118-N e 117-N, ambas de 15/10/97.

A criação e manutenção de animais silvestres em cativeiro para fins científicos, comerciais, educacionais e conservacionista é regulada através instrumentos legais que visam a normatização das atividades em consonância com as leis de proteção à fauna nativa. A criação com finalidade comercial é normatizada pela Portaria nº 118-N de 15/10/97, sendo a comercialização regida pela Portaria nº 117 de 15/10/97.

A utilização da fauna silvestre exige um plano de manejo e criação baseado em pesquisa e no real conhecimento de cada espécie em foco, assegurando assim, o sucesso reprodutivo, de crescimento, econômico e conservacionista.

A importância da vida silvestre para o homem tem-se acelerado a medida que a ciência adquire novas tecnologias em busca da melhoria da qualidade de vida das sociedades humanas. No entanto, a visão tradicional da valoração econômica aplicada aos recursos faunísticos encontra, em nossos dias, problemas de ordem ideológica defendida, principalmente, por aqueles que rejeitam a visão antropocêntrica de que a humanidade é o centro de tudo que tem valor e que as outras criaturas só têm valor enquanto nos servem. Nesse sentido, o manejo de fauna sob uma visão mais moderna leva em consideração não só argumentos econômicos, mas também, fatores relacionados à conservação da natureza.

Nas últimas décadas, alguns criadores têm redefinido seu papel no mundo da conservação, não mais preocupando-se em simplesmente colecionar animais, mas também, de criar com fins conservacionistas. Ainda assim, alguns pontos de discussão permanecem abertos, como problemas de ordem genética e comportamental dos animais criados em cativeiro em relação ao possível sucesso diante de uma tentativa de repovoamento em uma área natural.

Seja qual for o tipo de criação e seus objetivos, a normatização das atividades, principalmente aquelas relativas à comercialização de animais vivos, assume papel primordial por reprimir a ilegalidade, o que traduz uma prioridade, se considerarmos que tal ilícito é fator de destaque quanto ao status de ameaça de sobrevivência para muitas espécies de nossa fauna.

Entre as muitas espécies de interesse para a criação, destacam-se aves canoras como bicudos e curiós, altamente apreciadas pela excelente qualidade do canto, associados à sua elegância e conhecimentos já adquiridos de manejo em cativeiro

PÁSSAROS SEM EQUILIBRIO (SISTEMA NERVOSO CENTRAL):

Temos raramente observado a questão abordada , daí acreditarmos ser este o motivo de não
ser o tema abordado pela literatura conhecida do Curió. Atribuímos esta questão (perda do equilíbrio)
a uma rápida queda da plumagem original por uso demasiado de Concentrados Vitamínicos,
quando o ideal seria a queda gradual das penas velhas à medida que vão sendo substituída pelas novas.
Acreditamos na existência de perturbações metabólicas por indução da muda, mediante super
dosagem de aditivos Vitamínicos.
Este é o nosso entendimento, até onde nos foi possível observar.
Pela baixa incidência da questão, o assunto não tem merecido de nós uma maior atenção, daí
nunca termos escrito nada sobre a matéria, a não ser, recomendar moderação durante a muda
e evitar sobrecarga de processamento hepático e renal dos aditivos, no momento em que o
pássaro já tem em seu organismo armazenado (antecipadamente) as condições nutricionais
necessárias a efetuar uma troca de penas tranquila e eficiente..
Gilson Barbosa.
PARA POSTURA
Avitrin E
Indicado para os seguintes sintomas: defeitos na reprodução, com degeneração embrionária
(baixa fecundidade dos ovos, os embriões morrem nos primeiros dias de incubação) ; infertilidade
( baixa produção dos machos reprodutores);degeneração muscular com distrofia muscular
( afetando as aves jovens) e outros.
Composição:
Cada 100 ml contém:
Vitamina E (acetato de tocoferol)-------------3,0 g.
B.H.T. (antioxidante) ------------------------------1,0 g.
Veículo emulsionável q.s.p. -------------------100 ml.
Posologia:
Administrado por vial oral emulsionado na água.
Pequenas aves em criação - 3 gotas para cada ave por dia.
Apresentação:
Frasco com 15 ml do produto

Problemas em pernas e nos pés das aves


Ácaros são pequenos microrganismos que nunca estão na superfície da pele, onde
às vezes observamos umas estruturas queratinosas, como se fossem cascas. Estes
parasitos ficam no interior da pele onde criam túneis, cavernas profundas,
ocasionando prurido intenso (coceira), os pés e pernas aparentam ser “cascudos),
porém as cascas não contém ácaros, são apenas uma resposta do organismo,
como o crescimento exagerado das unhas. Em um pássaro forte, este ácaro pode
ficar no organismo por aproximadamente 2 anos sem apresentar sintomas e diante
de uma imunodepressão, ele chega com força total, ataca os pés, pernas, podendo
evoluir para o abdômen, tórax e todo o corpo, causando coceira e o pássaro
desesperado se coça intensamente com o seu bico, podendo ocasionar feridas na
pele, onde bactérias, que convivem com ele em número limitado, acabam colonizando
e causando uma grave infecção com a presença de secreção muco purulenta e até
necrose tecidual. Neste ponto da evolução da doença é mais difícil salvar o pássaro,
que já vai estar emagrecido, com o “peito seco”.
Algumas dicas valiosas para proteger seus pássaros são:
- Oferecer frutas e legumes ricos em vitamina (A) (manga, cenoura, ...). Esta vitamina
atua na reepitelização e regeneração da pele;
- Manter as gaiolas, poleiros, potes e bebedouros limpos e desinfetados semanalmente
(use kilol ou mesmo cloro);
- Observar constantemente as pernas e pés, que é onde, normalmente, se inicia o
processo da enfermidade.
- Retirar a banheira logo após o banho;
- Colocar pouca comida nos potes, de modo que diariamente ela seja renovada, evitando
poeira sobre os alimentos;
- Troque diariamente o papel do fundo da gaiola, evitando colocar jornal cuja tinta
poderá intoxicar o pássaro;
- Não coloque areia no fundo da gaiola, pois será contaminada pelas fezes.
(Dra. Ana Roberta/Veterinária especializada em aves/Niterói/RJ – jul/05).
Todo pássaro tem escamas nos pés, encaixadas como escamas de peixe. Quando ácaros
(minúsculos carrapatos) infestam o pássaro, eles levantam as escamas para ficar morando
embaixo. Para matar estes ácaros deve-se fazer uma massagem nas pernas, pés e dedos
com ivermectina (IVOMEC Pour On ou ALLAX) em seguida cobrir com qualquer pomada
(vaselina comum serve) para sufocar os ácaros. Uma ou duas semanas depois aplicar
novamente o creme ou pomada, desta vez esfregando suavemente para remover as escamas
soltas e permitir o nascimento de novas escamas. Os poleiros e partes de madeira da
gaiola devem ser desinfetados. (Dilson/Miami/FL/USA – set/05).

Prezado, não se trata de velhice e sim de polainas que por falta de contato com a
natureza, umidade, etc, aparece nos tarsos dos pássaros! Se você aplicar um creme
hidratante que as mulheres usam para a pele, esfregando nos tarsos e dando um
tempinho para infiltração nas polainas. Com auxilio de um palitinho para dentes
ou até mesmo a unha poderá removê-las com facilidade! (Cagedor – set/05).

O mestre Taddei indicou a Andolba, um spray do laboratório Eurofarma. Eu passei
a usar e é excelente. (Vanderlei Teixeira).
Para ácaros em geral e piolhos, tenho utilizado o óleo de neem e tenho obtido um
excelente resultado, pois o produto é natural e se o pássaro ingere não lhe fará
nenhum mal. (Pedro - ago/05).

Você pode utilizar o vinagre de maçã na água de banho - 5 gotas por banheira. Além
da utilização da pomada Halog 0,5% que você encontra em farmácias ou a pomada
Sarnavet do Laboratório Simões. Eu faço uso da Sarnavet e vinagre na água de banho.
O vinagre serve para ácaros e piolhos não deixando que ocorra a contaminação ou
recontaminação e eu o utilizo todos os dias. (Cláudio/Petrópolis/RJ - ago/05)

Faça uma mistura de 50% de ACARSAN (humano) + 50% de Glicerina Líquida.
Aplique esta mistura massageando os pés do pássaro por alguns minutos.
Repetir dia sim dia não, por 1 semana, que todas estas crostas desaparecem. (Wilson - ago/05)
Experimenta usar Creme QUADRIDERM (é encontrado em qualquer drogaria)
é excelente para esse tipo de problema. (Marcos – jun/05).

As crostas normalmente são ácaros sob as placas que revestem os pés. Nesse caso
as pomadas funcionam, mas com o tempo podem voltar ai repetimos o tratamento.
Agora, alguns com a idade apresentam os pés mais grossos, cascudos, principalmente
pássaro preto, coisas da idade, mas as pomadas aliviam. (Francisco – jun/05).

Já usei o QUADRIDERM que o nosso amigo indicou e os resultados foram bem
satisfatórios. (Monteiro – jun/05).

Se for crosta por causa de ácaros, ouvi dizer que qualquer tipo de pomada mata,
pois acabam por sufocar os insetos dentro das cascas. Assim, se passar simples
vaselina (sem nenhum princípio ativo) também funcionará para acabar com os
ácaros e amolecer as cascas. Existe em farmácia, pomada de vaselina com própolis,
que é antifúngico e não tem contra-indicações, que eu saiba. (Kato – jun/05).

Aprendi com meu pai que é passarinheiro há muitos anos. Pegue o pássaro e molhe
as pernas com água mora e passe Dolemil, repita no dia seguinte, se a casca não
soltar sozinha pode puxar, delicadamente, com a ponta da unha de baixo para cima.
(Edivaldo – jun/05).
Existem particularmente 3 tipos de crostas nas patas das aves:
1 - As crostas/calos, provocadas ou por velhice ou por deficiência nos poleiros,
originando a provocação de calosidades, que se formam na parte inferior das patas;
2 - As crostas provocadas por ácaros, que se formam na parte superior das patas,
formando escamas ligeiramente lavantadas. Em ambos os casos (calos e crostas
formadas por ácaros), uma boa POMADA ACARICIDA resolverá com facilidade o
problema, usando-as conforme as instruções do fabricante;
3 - Outra forma da formação de crostas (mais perigosa) é devido à VARÍOLA CUTÂNEA,
sendo diferente das crostas provocadas por ácaros, pois estas últimas são mais ao
menos facilmente removidas com a nossa unha ou pinça, aparecendo a pele
ensangüentada, e não se dispõem em forma de escama, mas de forma isolada,
em pústula ou ferida.

Piolhos

PIOLHOS ???

Sou criador de curiós e uso 2 ou 3 gotas de vinagre de vinho branco diariamente na banheira
dos passarinhos. Depois que adotei esta prática no manejo das aves, não tive mais presença
de piolhos em meu plantel. A explicação científica para o fato é que o vinagre dissolve a cola
com que a mãe piolha fixa os ovos na penas das aves infestadas. Com isso se interrompe o
ciclo de reprodução dos piolhos.
O lugar correto para procurar pelos piolhos, durante o dia, é nos encaixes dos poleiros.
Aconselho trocar o pássaro de gaiola para uma melhor higienização da mesma. Só use
produto para combater os parasitas no pássaro se for necessário.

O vinagre foi um dos primeiros métodos para acabar com piolhos nas pessoas, antes de
existirem os venenos. O problema é que o vinagre não mata os ovos e sim os piolhos,
por isso é muito importante repetir o banho várias vezes, pois na medida em que os
ovos vão eclodindo o vinagre vai matando os piolhos. Não adianta aplicar uma vez só,
pois os piolhos voltam.

Sugiro que, inicialmente, deixes esta ave isolada das demais e aplique um produto
denominado "Piolhaves", que é um pó repelente, barato e facilmente encontrado.
Na água do banho coloque algumas gotas de vinagre (de maçã) e mantenha a gaiola
desinfetada para evitar reinfestação.

Você pode utilizar Frontline Spray. Dê 2 ou 3 borrifadas na ave e trate também a
gaiola e poleiros.
Um amigo meu que é veterinário e também cria curió, me passou uma receita, eu
fiz e eliminou todos os piolhos dos meus pássaros:
- 100 g de fumo de corda;
- 1 litro de álcool.
Você coloca o fumo dentro da garrafa de álcool por 3 dias, depois retira 250 ml
deste álcool com fumo e mistura em 750 ml de água, fazendo um litro. Retira
a comida e a água da gaiola pulveriza com aquelas bombinhas que se usa para
molhar plantas. Pulverizam-se a ave, a gaiola, as paredes, no ambiente em geral.

Também uso este sistema, mas, borrifar sobre o pássaro é perigoso porque pode
provocar medo, estress e etc. Eu conheço alguns criadores que preferem borrifar
sobre a gaiola sem o pássaro dentro e, com ela bem molhada, você colocar o pássaro.
Em duas ou três operações de troca de gaiolas a cada 5 dias, você elimina o
problema dos piolhos no pássaro, sem agredi-lo, porque você corta o ciclo
reprodutivo do mesmo. Tem algum pássaro que não sente e nem toma conhecimento,
mas conheço outros que nunca mais cantaram, se tornaram arredios, medrosos.
0s curiós você deve lidar com o máximo de carinho possível.

Tenho usado em meu canaril pulverizar pássaros, gaiolas, paredes e todos os
utensílios com KILL RED, na proporção indicada no produto, com resultados
excelentes. Há mais de 2 anos não tenho tido problema algum com piolhos.

Para combater piolho em banho é complicado, pois geralmente o piolho mora
nos encontros dos poleiros, nos ninhos, nas varetas e etc.. e, à noite, quando
os pássaros estão dormindo, é que ele ataca, por isso para combater o
piolho temos que lavar bem, desinfetar gaiolas, capas e as instalações.
Para acabar com o piolho no pássaro use o inseticida em aerossol SBP do mais
fraco (tampa AZUL), aplicando direto na gaiola com pássaro, sem água e comida
(cubra a gaiola e aplique dentro).
Para beleza das penas tenho usado uma mistura infalível, que mata sarna, ácaro
fungos e etc.. qualquer doença de pena. Misture 100ml de água, 5 gotas de Creolina
e 5 gotas de Iodo Povedine, tire a banheira e banhe 3 dias consecutivos com
borrifador de água.

Tenho visto algumas recomendações de tratamento de pássaros à base de banhos
com o uso de CREOLINA. A Creolina é um excelente desinfetante e pode até matar
piolhos e ácaros, mas causa lesões de pele e de folículos de pena, irritação da córnea
e, se esta ocorrer, reduz a passagem de luz para dentro do olho com redução da
estimulação da retina, gerando diminuição do canto, fora riscos de úlcera de córnea.
Se ingerido quando a ave limpar suas penas ela causa gastrite de moela e de
pro-ventriculo e enterite, podendo predispor a giardia por irritação digestiva.
Usem Front-Line spray 2 gotas no dorso da ave - não tem toxicidade, apresenta
efeito por 2 meses se for eliminado o foco de piolhos na gaiola, sendo referenciado
para aves internacionalmente.

Um medicamento já bastante utilizado pelos passarinheiros para controle de ácaros
internos e externos, “vermelhinhos”, sarna e piolhos em pássaros é o IVOMEC
(IVERMECTIN). Como é muito forte, aconselho a usar o ALLAX que já vem diluído
e pode ser aplicado diretamente na pele dos pássaros pequenos. Veja a bula para
modo de usar. Contra pulgas, carrapatos, percevejos e formigas é mais eficiente
usar talco inseticida à base de piretro.
Já tive um pássaro que recém comprado estava infestado de piolhos, utilizei o
PIOLHAVES e este piolhicida foi muito eficaz, pouco tempo após pulverizar no
pássaro já podia se ver os piolhos caindo (já tontos)... este medicamento
também pode ser pulverizado nos ninhos e nas instalações.

Aqui usamos alho, pegamos um dente alho fazemos uns cortes nele sem partir
por completo e colocamos na água à noite e pela manhã colocamos na água de
banho, repete a cada dia até que os piolhos sumam.
Existem várias soluções, uma delas é um produto chamado PIOLHAVES que dizem
que é bom, mas nunca usei.

PIOLHAVES é um bom remédio, só se deve ter cuidado na hora de aplicar (deixar
a gaiola só com os poleiros, sem bebedor, comedor, frutas etc. e deixar por uns
10 minutos a ave se sacudir, para que o pó não caia na água nem na comida .),
pois pode haver intoxicação da ave se ela ingerir o produto.

Eu tenho utilizado o KILLRED, tem ação residual não necessitando outras aplicações
em curto espaço de tempo.
O que eu fiz foi o seguinte: Retirei o pássaro da gaiola (deixei temporariamente
em outra), coloquei a gaiola em um saco plástico de lixo e passei SBP na gaiola
(dentro do saco), fechei o saco e deixe por umas 5 horas. Depois lavei muito bem
a gaiola e em seguida aplique o Piolhaves... Comigo funcionou.

Pode ainda depois da manobra sugerida pelo amigo Jefferson, limpar todas as
gaiolas e frestas com Vaporeto, aquela máquina de vapor.


Se o problema são as penas do rabo:

Ele está comendo as penas do rabo, ou elas quebram ao bater nas grades? Erroneamente,
as pessoas costumam associar crescimento/fortalecimento de penas ao cálcio, quando está
relacionado essencialmente à proteína. Procure ministrar vitaminas que contenham em sua
composição aminoácidos, se for o caso reforce com vitamina H (biotina) e procure elevar o
teor protéico da alimentação (insetos, farinha de minhoca, etc...). Verifique a posição dos
poleiros na gaiola. Ou eles devem ficar bem rentes à grade (um espaço de distância, tipo
gaiolas de torneio) ou afastado uns cinco espaços. Se ele estiver realmente se debicando,
procure colocar na gaiola um barbante de algodão, embebido em salmoura (deixe o barbante
imerso em uma solução de água com sal, depois deixe escorrer um pouco). O barbante é
para distração do pássaro, inclusive muito utilizado como recurso para "esquentar" fêmeas.
O sal é riquíssimo em nutrientes, ele é um dos componentes básicos para dietas de qual
animal. (Fuji – jan/05).

Verifique o estado das penas do rabo após um banho... se logo que secarem estiverem
"normais", não há motivo para preocupação, é deixar ele terminar de fazer a muda. Caso se
apresentem quebradiças, pode ser uma deficiência vitamínica (falta de biotina - vit H). (Fuji – fev/05).

Acaros

ACAROS

Ácaros da traqueia.

Os ácaros existem no meio ambiente, nas poeiras, nos detritos, um pouco por todo o lado, aliás é destes que eles se alimentam.
Quando as aves por qualquer motivo se cruzam com estes bichinhos, as coisas complicam-se.
O Sternostoma tracheacolum ( Ácaro da Asma–Fole-de-Canário ), Cytodites Nudus ( Ácaro dos Sacos Aéreos das Aves ), são só dois dos muitos, outros responsáveis por muitas dores de cabeça e desgostos de criadores e amadores que criam aves de gaiola ou ornamentais.
Primeiro instalam-se na boca afectando as vias aéreas. Nesta altura a ave sente-se incomodada e esfrega o bico nos poleiros e grades com vista a libertar-se destes, deixa de cantar, mas a ave come regularmente e está desperta.
Com o tempo os ácaros migram para a traqueia, o que torna a situação mais grave. A ave começa a ter irritação na traqueia e narinas manifestando um mau estar permanente por dificuldades respiratórias, dorme embolada (forma de bola) e respira com alguma dificuldade e tosse, passa a comer menos que o normal e as sua fezes começam a ser mais líquidas e esbranquiçadas.
Numa situação já muito grave os ácaros atingem os pulmões da ave contaminando todo o aparelho respiratório. Situação em que se pode já ouvir um ruído tipo assobio constante, durante o período nocturno este ruído aumenta. A ave respira com muita dificuldade e mantém o bico aberto e espirra, esfrega a zona da traqueia e parte inferior do bico nos poleiros podendo mesmo provocar pequenas peladas (falta de penas) na zona descrita. A ave alimenta-se com muita dificuldade o que provoca a debilidade da mesma, as suas defesas caem o que a torna mais débil e frágil, facilitando o aparecimento de outras doenças. Como consequência da sua debilidade fica sujeita a apanhar novas bactérias e outros fungos. Estes problemas contribuem para o agravamento do seu estado de saúde e acaba com uma morte em agonia.
Como prevenir:
Devemos manter as aves longe de correntes de ar e vento, evitar o contacto com outro tipo de aves (galinhas, pombos, aves silvestres, aves da rua), evitar as poeiras no interior do local onde mantemos as aves (em vez de varrer o chão será melhor limpa-lo com um pano húmido), evitar sobre povoamento dos viveiros, manter o local bem arejado, limpar e desinfectar os viveiros com alguma regularidade, desinfectar os ninhos e viveiros depois de cada criação (substituir o foro dos ninhos bem como toda a matéria de construção), antes da altura das criações usar anti-ácaros em pó ou outro para prevenir o seu aparecimento, sempre que possível utilizar comedouros fechados de modo a que as aves não defequem em cima das sementes( assim evitamos o alastramento da doenças) , soprar/limpar as sementes dos comedouros de modo a não acumular pó ou restos muito pequeninos, sempre que adquirir uma ave nova faça-lhe uma quarentena antes de a juntar ao seu plantel, comprar sementes o mais limas possível e por fim, estar atento aos primeiros sinais (isso poderá fazer a diferença entre a vida ou morte da(s) ave(s)).
Tratamento:
Atenção.Os ácaros provocam outras infecções em todo o sistema respiratório, que por consequência levam a debilidade de outros de outros órgãos.
Devemos ler sempre as indicações e dosagem dos produtos antes de utilizar nos tratamentos, muitos destes e outros produtos são tóxicos e quando mal utilizados podem esterilizar as aves ou mesmo matar.
Separar as aves afectadas.
Avaliar convenientemente o estado em que se encontra a ave ou aves (podendo recorrer a ajuda de um veterinário ou criador mais experiente) muito importante este passo.
Deve começar a dar logo de imediato um poli-vitamínio ( conjunto de várias vitaminas essenciais) o Zoon- Pan da ZOON , Hidrovit da Lab. Vetnil são uma boa escolha, qualidade e diversidade nas vitaminas essenciais, para ajudar a ave a combater a falta de apetite e consequente fraqueza, estas ponderam ser ministradas na água ou nas sementes/papa.
Começar o tratamento a mais rápido que se poder (não deixar progredir os ácaros), retirar nesta altura o grite. O grite contem substancias que dificultam o tratamento (minerais e carvão vegetal), usar uma mistura de semente mais rica e energéticas. Recorrer ao cous cous com sementes cozida ou sementes germinadas(ricas em ferro).
Durante o período de tratamento não se deve dar banho as aves doentes.
Há produtos que utilizam as penas como meio de propagação do mesmo (ácaros externos)Arranjar um produto que contenha na sua composição “ivermectina”.
Produtos recomendados por vários criadores.
A “ivermetina” é de uso exclusivo para aves. Usado no combate de vários tipos de ácaros, vermes carídeos e nemetódeos gasttritestinais é também muito eficaz no combate do piolho vermelho.No mercado das pet shops, veterinário e farmácias podemos encontrar alguns remédios/medicamentos para debelar este tipo de ácaros e suas consequenciais.
Das muitas coisas que li e consultei na net e não só os que vou descrever são os mais falados (fórum) bem como paginas onde as doenças das aves são abordadas.O “ ALLAX” da Jofadel, frasco de 5 ml é uma boa aposta. Pelas informações que li do produto pareceu-me bom. Atenção que eu nunca experimentei o “Allax” , estou a basear-me só no que li.Depois temos o “PULMOSAN” da Bogena, frasco de 10 ml, recomendado em muitos sites e forums para problemas de ácaros e sistema respiratório. Este, eu já experimentei e só tenho a reconhecer que é bom. Contudo tem um contra o seu preço. Mas quanto vale um bom pássaro ou o nosso pássaro preferido, para os criadores será mais fácil a sua compra, pois o produto poderá salvar muitas aves.
Logo o seu preço vale a pena.Devemos ter cuidado na sua aplicação devido a ser um produto tóxico e forte.
Também temos o “FLORAMUCIL” da FLORA, produto francês que não é para combater os ácaros, mas sim para restaurar as capacidades respiratórias da ave, utilizando só um complemento de um antibiótico respiratório. Solução de carboxymethylcysteine e de essências vegetais aromatizadas.
A Orniex têm o “CORIZPEX” que é indicado para o controle de infecções respiratórias, gastro-intestinais e outros processos infecciosos das aves.
Como conclusão deste artigo, posso afirmar que haverá muitos outros produtos de outras marcas no mercado, uns melhores outros piores, o objectivo não é comparar produtos ou medicamentos mas sim tentar ajudar as pessoas com este tipo especifica de problemas.
Este artigo têm como apoio literatura e imagens recolhidos na net

Período da "Muda"

Período da "Muda"

abril/julho


O período da "muda" inicia-se no mês de abril (com variações conforme a região brasileira), ocasião na qual o criador prepara os casais reprodutores para o chamado "ciclo reprodutivo", cujo sucesso dependerá primordialmente desta fase.
As fêmeas deverão estar dispostas e acomodadas de maneira que possam estar visualmente próximas, de forma que se observem, umas as outras, salientando que, em sendo assim, as gaiolas deverão estar sem a proteção das capas ou divisórias.
Observa-se que este procedimento é aplicável tanto na criação comercial quanto na doméstica.
Este processo busca uma aproximação bastante coerente ao modelo do
seu "habitat" natural, onde, nesta época da "muda", esta espécie em liberdade,aglomera-se sabiamente em verdadeiras colônias, no sentido da busca à proteção, considerando ser período de inverno.

Medicação Preventiva

Logo no início da 'muda", administra-se 3 gotas de "Ferro-SM" em 50 ml de água, por um período de 15 dias consecutivos, adotando-se, após esse período, um intervalo de 7 dias e, na seqüência, retornando à dose inicial
por um período de mais 7 dias.
Após esta profilaxia, as fêmeas deverão estar na fase "seca da muda". Assim, entrarão em descanso por 15 dias e, a seguir, receberão o "Aminosol" por um período de 10 dias consecutivos, na dose de 4 a 5 gotas adicionadas no bebedouro de 50 ml.
A critério individual, o "Aminosol", poderá ser administrado ainda na "broa" ou "farinhada", na dose de duas colheres (sopa) rasas, para cada 1 kg da mistura desejada.
Após a "seca da muda" -; fase que normalmente ocorre no final de maio - início de junho, procede-se a novos cuidados preventivos profiláticos.

Julho

É a fase ideal para se vermifugar o plantel, utilizando-se 2 gotas de IVOMEC-POUR-ON, na coxa do lado externo do pássaro. Importante enfatizar que, com este procedimento estaremos também vacinando contra ácaros de pena, bico e traquéia.Durante 03 dias o pássaro não pode ser molhado ( sem banho nestes dias).

Agosto

Normalmente neste mês inicia-se o período da reprodução para a maioria das aves; oportunidade na qual deve-se proceder a assepsia das gaiolas com o produto "KILOL" (ou assemelhado), no caso específico das gaiolas de madeira. Quanto às gaiolas de arame, o procedimento deverá ocorrer no forno, a uma temperatura mínima de 100º C, por um período nunca inferior a 10 minutos.

Aqueles criadores que se utilizam de gaiolas de madeira, deverão estar atentos às tão indesejáveis infestações de àcaros, piolhos , bem como a proliferação de doenças infecto-contagiosas.

Face ao exposto, o sucesso de uma criação depende fundamentalmente de um ambiente corretamente higienizado, onde se pratica a limpeza constante dos excrementos fecais, evitando-se rigorosamente a utilização de "jornal" para a forração do piso das gaiolas, e praticando a troca diária da água, não obstante ainda estar atento à renovação frequente -; duas a três vezes ao dia, daqueles alimentos que se deterioram com maior facilidade, como por exemplo o ovo de galinha.
Portanto, há de ressaltar aqui que, um bom programa de higiene deve fazer parte do cronograma diário de atividades do criador.
Cumprido o programa acima, coloca-se as fêmeas em gaiolas individuais, bem como os respectivos ninhos, evitando encostá-los junto a paredes pois, segundo observações próprias, podemos afirmar que dificilmente ela irá chocar. Prevalecerá neste caso, o seu instinto defensivo, pois transitam por ali, dia e noite, toda sorte de animais artrópodes, da classe dos insetos, tais como baratas, formigas, besouros, aracnídeos, repteis lacertílios (lagartixas), os quais irão perturbar a tranquilidade da ave.
Devemos incentivar as fêmeas, no seu instinto sexual, colocando a seu alcance, raízes de capim "rabo de burro", cuja palha é muito apreciada algumas até completam com elas o seu ninho.
Observa-se que jamais deverão ser ofertados, em hipótese alguma barbantes, pois, se ingeridos, será fatal.
Associada a esta técnica, deve-se administrar vitamina "E ", pois, como sabemos, trata-se da vitamina da fertilidade.


Agosto/Setembro

Final de agosto e mês de setembro é o período no qual se incia a "cobertura".
Nesta fase, principalmente pela manhã, coloca-se a palha e deixa-se o macho "rachar" para a fêmea, sem contudo tirar a divisória entre as gaiolas.
Isto posto, uma boa técnica é despertar a curiosidade de ambos, abrindo a divisória lenta e gradualmente, sem retirá-la completamente e de uma só vez.
Seguro de que a fêmea pedirá "gala" e, após 10 a 25 minutos de observação, será feita a retirada literal da divisória, considerando que os dois passadores já estarão abertos.
Ocorrendo a "cobertura", deve-se repetir os mesmos procedimentos no dia seguinte.
Entre 2 e 4 dias a fêmea colocará o primeiro ovo, geralmente chocando-o.
No sexto dia de choco deverá ser feita a "ovoscopia", colocando-se o ovinho entre os dedos indicador e polegar, em forma de círculo, com leve pressão entre os dedos, posicionando-o à frente de uma lâmpada. Com pouca prática logo será observada a diferença existente entre um ovo "galado", comparativamente a outro que esteja sem "gala" ou "ovo branco" que, como o próprio nome indica, este ovo, se confrontado à luminosidade de uma lâmpada, estará totalmente branco, enquanto que o outro apresentará em seu núcleo, estrias avermelhadas ou sanguinolentas.

Nascimento dos filhotes

Durante as 12 horas iniciais, as fêmeas costumam apenas aquecê-los, raramente saindo dos seus ninhos. Nesta primeira fase, deverá ser adotada uma vigilância constante, observando inclusive se os filhotes estão sendo alimentados e com que freqüência, socorrendo-os, se for o caso, com uma alimentação adicional como papinhas, hoje disponíveis no mercado. Uma boa papinha pode ser conseguida juntando ovo cozido e alpiste bem triturado, que poderá ser preparada no liquidificador doméstico.
Observa-se que muitas fêmeas, sendo ajudadas na alimentação de seus filhotes, geralmente se revelam ótimas criadeiras.
Para se constatar a saúde dos filhotes, uma boa prática é um leve toque no ninho. Estando em gozo de plena saúde, eles abrirão o bico gananciosamente. Caso contrário algo estará errado e, nestes casos específicos, verificar se estão com diarréia ou fungos localizados na parte interna do bico. No primeiro caso, corrigi-se com Terramicina 77( 01 grama para 50 ml de água) e, no segundo, com Nistatina(genérico)-uso humano( 01 gota diretamente no bico ou 05 gotas em 50ml de água).
Até sair do ninho, deve-se verificar ,também, se o filhote tem comida no papo, bem como se as suas fezes estão envoltas numa membrana e se a fêmea as retira dali sem dificuldades. Caso contrário o filhote provavelmente estará diarréico.
Observa-se que, de 11 a 13 dias os filhotes normalmente saem dos ninhos. Assim, necessário se torna que sejam monitorados, considerando
que não obtenham êxito naquele primeiro momento, face à natural insegurança pelo fato de ,conjuntamente, abrir o bico e equilibrar-se .
Assim, caso isso ocorra, deverá ser auxiliado pelo menos três vezes ao dia, recebendo manualmente a papinha até que a mãe volte a alimentá-lo.
Femea alimentando o filhote
Alimentação suplementar
Incubadora - auxiliar na reprodução.

Quanto à sexagem é muito difícil nos filhotes de 2 a 3 meses; a única maneira segura será através do DNA; já há tecnologia para se fazer este tipo de sexagem,em laboratórios especializados. Outro método é a observação que se pode fazer traçando uma linha reta passando por baixo do bico de cima em direção dos olhos, dizem que no macho ela passará por baixo do olho e na fêmea irá de encontro com o centro da cavidade ocular. Dizem, também, que o pássaro macho, ainda no ninho, tem a largura das costas mais estreita do que da fêmea.

Separação

A separação literal ocorre entre 33 e 35 dias. Há de se observar se o filhote está realmente alimentando-se em sua nova morada.
É importantíssimo que sejam mantidas as mesmas disposições dos apetrechos da morada anterior, tais como comedouros e bebedouros, os quais deverão obedecer a mesma padronagem e cor, evitando-se mudanças radicais as quais causarão estranheza.
O período de separação, por ser crucial, em alguns casos podem ser inclusive traumáticos. Para evitar-se o "stress", aconselha-se manter irmãos da mesma ninhada na mesma gaiola, até que se tenha absoluta certeza de que estão competentemente alimentando-se sozinhos. Registre-se que há casos de filhotes que não se conformam com a separação e piam copiosamente.
Nestes casos, retorne-os às gaiolas de suas respectivas mães por mais alguns dias.
No caso de filhotes destinados à venda, adota-se o mesmo critério quanto ao tipo e cor de bebedouros e comedouros pelas razões acima descritas.

Temos observado que filhotes cujas mães alimentam-se com ração extrusada, mesmo quando na proporção de 50% com grãos de sementes, a separação pode ocorrer antes do prazo normalmente considerado ( 33 a 35 dias). Isto porque os extrusados são bem mais macios e menos rígidos que os grãos de sementes, ficando mais fácil a absorção da alimentação pelo filhote .

PTBux